IESA - (Re)Pensando Direito - Ano 3 Nº 7 - page 40

38
Ano 4 • n. 7 • jan/jun. • 2014
CesarAugustoModena - CristianeRaqueliMiotto - PatríciaMainoWartha
Com uso das Leis do Grafismo, pode-se alcançar melhor
entendimento quanto aos elementos formadores da escrita e, assim,
operá-los em análise da semelhança entre escritas, com o intuito de
aceitar ou rejeitar a assinatura aposta no documento como pertencente
ou não à referida pessoa.
Na prática, dizem Freitas, Justino e Oliveira (2007), o tabelião,
ou o escrevente, incumbido de tal função, terá de verificar uma série
de elementos da grafia, de modo que “a intenção não é realizar uma
análise detalhada da assinatura, mas sim, verificar características de
cunho Global: ataques, remates, forma geral, laçadas, entre outros”.
As características e os elementos da escrita representam as
linhas e traços naturais de cada indivíduo e que formarão a sua grafia
pessoal. Tais linhas e trações resultam de forças inconscientes que
executamos ao escrevermos, de forma que nestas podem-se verificar
as peculiaridades de cada grafia.
A análise técnica entre duas ou mais assinaturas ocorre
observando-se, principalmente, a velocidade da escrita, em outras
palavras, a rapidez da execução da escrita. Trata-se do item de
verificação primordial para a ciência grafoscópica, haja vista ser
a característica com menor possibilidade de ser falsificada sem
apresentar traços indecisos. Rodrigues e Rodrigues (2009) explicam
a razão para tanto:
A escrita natural, feita por um punho medianamente treinado, é
firme, sem claudicações nem tremores, uma vez que é fruto do
automatismo natural. [...] o falsário não apresentará, em princípio,
a mesma habilidade do punho legítimo, que treinou aquela grafia
durante muito tempo. O falsário tentará reproduzir a assinatura
alvo, de maneira atenta, comandando cuidadosamente seu
punho para que este siga as ordens vindas através dos sentidos
e do consciente. Assim, o punho irá deslocar-se sem a liberdade
natural, gerando traços que, aqui ou ali, se mostrarão indecisos,
com quebras na trajetória, revelando severa divergência na
velocidade de execução (RODRIGUES; RODRIGUES, 2009, p.
5).
Contudo, a velocidade, apesar de ser o item mais relevante em
uma análise de grafoscópica, não é o único requisito a ser observado
1...,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39 41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,...292
Powered by FlippingBook