IESA - (Re)Pensando Direito - Ano 3 Nº 7 - page 155

(RE) PENSANDO DIREITO
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DIREITOÀCONVIVÊNCIAFAMILIARECOMUNITÁRIAEMUMACASADEACOLHIDAPARACRIANÇASEADOLESCENTES
Na nossa prática de estágio, chegamos a questionar essa postura
da instituição, porém obtivemos como resposta que o resultado
alcançado ou não pela criança era reflexo do seu interesse emaprender.
Como exemplo, uma profissional afirmou que determinada criança
não respondia satisfatoriamente aos estímulos de aprendizagem
porque preferia trabalhar a estudar. Essa postura revela-se como
uma tentativa de culpabilização do indivíduo pela sua situação, pois
desconsidera as condições vividas por essa criança.
O terceiro objetivo não é totalmente alcançado, pois algumas
atividades necessárias para tal enfrentamgraves limites, como é o caso
do apoio psicológico, fonoaudiológico e fisioterapêutico das crianças
e adolescentes, visto que não existem todos esses profissionais no
abrigo e as vagas em instituições especializadas são insuficientes
para atender todos os que necessitam de tais tratamentos, pois há
uma grande demanda e consequentemente uma enorme fila de
espera para esses serviços.
O quarto e o quinto objetivo tem como principal executor o
profissional de Serviço Social que elabora os relatórios e pareceres
sociais que subsidiam as decisões judiciais. Além de desenvolver um
trabalho específico tanto com as famílias dos abrigados como daquelas
que desejavam adotar e/ou apadrinhar as crianças e adolescentes.
A casa de acolhida dispõe dos seguintes recursos materiais: a
casa onde funciona o Lar e uma Kombi. Vale ressaltar que a casa,
apesar da boa estrutura física, está voltada para crianças pequenas e
àquelas que já têm 9 anos ou mais. Essas, começam a ficar ociosas
por não terem formas de diversão apropriadas para a sua faixa
etária, isto é, cursos, atividades recreativas que atendam as suas
necessidades, etc. Em consequência dessa ociosidade, as crianças e/
ou adolescentes ficam agitadas, tendo algumas atitudes que refletem
uma tentativa de chamar atenção. E essas atitudes levam-nas a ser
repreendidas pelas cuidadoras.
O Lar desenvolve um trabalho articulado a outros órgãos, como o
Conselho Tutelar e outros abrigos, acolhendo crianças em nível local
e regional. Com a implementação do Cadastro Nacional de Adoção,
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