IESA - (Re)Pensando Direito - Ano 3 Nº 7 - page 224

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Ano 4 • n. 7 • jan/jun. • 2014
JúliaFrancieliNevesdeOliveira - JoelsioNevesdeOliveira
“Todo ser humano é filho do amor, e a biologia de nossas
corporeidades, assim como a de nosso desenvolvimento infantil,
pertence à biologia do amor”. E isso ocorre de modo tão fundamental
que o crescimento normal de uma criança humana requer a biologia
da mútua aceitação em interações corporais íntimas com a mãe. O
desenvolvimento de uma criança, tanto como ser biológico quanto
como ser social necessita da aceitação e do contato recorrente com a
mãe (MATURANA, 2009, p. 48).
Percebe-se que as dinâmicas corporais e fisiológicas da criança
crescem de modo diverso em cada caso. Dependerá se ela vive na
confiança trazida pela aceitação ou sob a dúvida ou a desconfiança
que configuram a rejeição. Há interdependência entre as dinâmicas
corporal e de aceitação mútua da confiança e da desconfiança na
relação interpessoal que está presente durante toda a vida humana
(MATURANA, 2009).
O papel social da família é extremamente importante, pois a
família é o ponto de encontro de uma gama de tendências que afetam
a sociedade como um todo, como a igualdade crescente entre os
sexos, o ingresso generalizado de mulheres na força de trabalho,
mudanças no comportamento, nas expectativas sexuais, e a mudança
na relação entre casa e trabalho. E também houve transformação na
criação das crianças, Maturana ressalva a importância do amor para a
constituição dos filhos (MATURANA, 2009).
A IMPORTÂNCIA DO AFETO (AMOR) E DO
DESCOBRIMENTO DO INDIVÍDUO NA FAMÍLIA
PLURAL
Percebe-se que o desenvolvimento mental sadio da criança como
ser amoroso, física, emocional e intelectualmente bem integrado, é
frequentemente alterado, porque implica um modo de vida que exige
continuamente que a mãe ou o pai dirijam sua atenção para além do
presente de seu encontro com os filhos. Se os olhos da mãe ou do pai
não se encontram com os da criança ou do bebê ou não os tocam
quando estes os tocam, a criança ou o bebê se tornam seres sem
identidade nem sentido próprio (MATURANA, 2009).
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