IESA - (Re)Pensando Direito - Ano 3 Nº 7 - page 211

(RE) PENSANDO DIREITO
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APRESERVAÇÃODABIODIVERSIDADENASOCIEDADEPÓS-MODERNAPORMEIODASAÇÕESHUMANAS
fraternidade. O desenvolvimento sustentável direciona a humanidade
a pensar o presente em direção ao futuro. Para tal, um novo padrão
comportamental que denota comprometimentos com a preservação
ambiental deve ser realizado desde já.
É necessário que o engajamento em prol do desenvolvimento
sustentável seja um pensamento comunitário. Esse é o cerne da nova
consciência. Zambam afirma que “[...] a democracia é o sistema que
possui as melhores estruturas e meios necessários e suficientes para a
realização das metas mais importantes da existência humana” (2012,
p. 206). Assim, os fundamentos democráticos são pano de fundo para
que haja o debate e a participação incansável dos seres humanos
em prol do desenvolvimento sustentável e a prolongação da vida do
homem no planeta.
O meio ambiente natural e sua biodiversidade são elementos
vitais para a sobrevivência da humanidade. Por isso não podem
ser explorados como se fossem bens à disposição dos interesses
do homem. O mundo natural entendido dessa forma pode gerar
problemas imensuráveis à vida humana.
É necessária uma nova consciência nas ações humanas
individuais por meio de um olhar reflexivo que projeta o que essas
atitudes podem gerar a toda coletividade. Cabe ao homem refletir
além dos seus interesses, viver em comunidade e fortalecer os laços
com seus semelhantes e com a natureza. “Ninguém pode se conhecer
totalmente por si mesmo. São os outros, sempre, que completam
a visão que nós – como indivíduos e como povos – temos de nós
mesmos” (BAGGIO, 2008, p.54).
Uma mudança de pensamento neste sentido não é tarefa
fácil. Rupturas e transformações são processos longos e lentos. A
sustentabilidade é um conceito moderno que precisa ser incorporado
e vivenciado no dia a dia das pessoas. Um desafio tão complexo, que
é superar o individualismo em prol de uma compreensão sistêmica
da sustentabilidade, enseja uma “[...] tomada de consciência de
pertencimento a uma mesma “terra pátria” (MORIN, 2005, p. 166-
167), além de exigir participação, engajamento e ações positivas
neste sentido.
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