Quinta-feira, 10 de Março de 2011

Entre a cruz e o tubo de ensaio (10 03)Em uma sala do 6.º ano (antiga 5.ª série), durante uma aula de biologia sobre a criação do universo, a professora termina de explicar a teoria do Big Bang, que diz que o universo foi criado a partir de uma grande explosão cósmica entre 10 e 20 bilhões de anos. Um aluno ergue a mão e pergunta: Pro-fessora, mas quem fez as galáxias e tudo o que existe não foi Deus?. A cena é frequente nas escolas, divide os professores de ciências e biologia e coloca os de religião em uma saia-justa.

A coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e professora aposentada do ensino médio e fundamental, Rita de Cássia Dallago, conta que ao longo dos seus 26 anos de carreira percebeu que a discussão sobre a origem do universo e do homem, principalmente entre criacionismo (teoria religiosa que presume que tudo foi criado por uma força superior) e evolucionismo (teoria científica proposta por Charles Darwin que diz que o homem surgiu a partir da evolução de outras espécies) ganhou novos rumos, mas que ainda perturba os educadores. Em geral, os professores tendem a impor o que acreditam, mas o ideal seria deixar claro sempre que existem duas correntes e não uma única verdade. O aluno tem o direito de escolher em qual prefere crer.

Na maioria dos casos, os professores de ciências e biologia defendem o evolucionismo, porque faz parte da formação deles, e os de religião, o criacionismo. Mas Rita diz que na última década o perfil mudou um pouco e alguns que ensinam biologia também acreditam na segunda corrente. Já vi muito professor que explica a origem da vida sob a ótica da ciência e depois, no final da aula, diz aos alunos para não esquecer que tudo isso foi obra de Deus.

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fonte: http:www.gazetadopovo.com.br/ensino/