Sexta-feira, 13 de Maio de 2011
A educação profissionalizante no país ganha uma promessa de peso com o lançamento pelo governo federal, em Brasília, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que pretende criar 120 escolas técnicas no país para atender mais 600 mil estudantes até 2014. Apesar da pompa no anúncio, feito nessa quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT), a notícia chega carregada de desconfiança, pois o Ministério da Educação (MEC) esbarra na ambiciosa meta de ampliar um sistema de ensino que ainda engatinha cheio de tropeços. Se o Pronatec é uma esperança para quem sonha em abrir, ainda no nível médio, as portas do mercado de trabalho, também é visto com ressalvas por estudantes já matriculados em instituições técnicas e que não veem no programa soluções para as dificuldades enfrentadas hoje.
Prova disso é que, inicialmente, o Pronatec sequer menciona solução para alguns dilemas do setor, como a crise instalada na principal escola técnica de Minas e uma das maiores do país, o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG), na iminência de demitir quase um terço dos seus professores. Outra crítica recebida pelo programa é o direcionamento de boa parte da verba pública para a iniciativa privada, com oferta de bolsas de estudo e projetos de financiamento de mensalidades para quem pretende cursar uma instituição particular. Além disso, especialistas põem em xeque a viabilidade do programa dentro do contexto de corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União, anunciado há dois meses.
Nas palavras do jovem Victor Miranda de Paula, de 15 anos, o ensino técnico se traduz na chance de construir uma profissão e ganhar experiência para o mercado de trabalho ainda dentro da escola. Por essas razões, o estudante do 1º ano do curso técnico de química do Cefet-MG aplaude a iniciativa do governo federal de apostar na educação profissionalizante. Estou ganhando um diferencial para a minha carreira. Vou sair da escola com uma boa formação e com maior possibilidade de emprego, diz Victor, cheio de sonhos de entrar em uma universidade e pagar o curso com seu próprio salário. Mas os elogios ao ensino técnico não apagam as suas dúvidas sobre a promessa de ampliação da rede de escolas proposta pelo MEC. Tenho medo de criarem centros que apenas treinam trabalhadores e não se preocupam com a qualidade da formação do aluno.
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fonte:http:www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/
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