Terça-feira, 17 de Maio de 2011
Senadores criticaram nesta terça-feira (17) o livro de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) que defende erros gramaticais. A publicação diz ser válidas construções como nós pega o peixe. Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), sem um idioma correto, o país poderá virar a casa da mãe Joana.
O livro 'Por uma vida melhor, da coleção Viver, Aprender, foi objeto de discussão da comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado nesta manhã. Marisa disse que a população está extasiada com a publicação, que valida erros de concordância como os livro.
- A língua serve para preparar a pessoa para a cidadania, para que ela tenha uma vida profissional ativa. [...] Se nos não tivermos uma língua correta, vamos virar aqui a casa da mãe Joana. Nunca mais saberemos o que é correto e o que não é correto.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o país não pode criar duas formas de se falar e lembrou que, nos concursos públicos, cobra-se o português correto.
- O português, na gramática e na ortografia, tem que ser um só. É um erro nós dividirmos português de rico educado e de pobre não educado.
Em um trecho do livro, os autores lembram que, caso deixem a norma culta de lado na comunicação oral, os alunos podem sofrer "preconceito linguístico". Para Cristovam, acabar com o preconceito não pode ser usado como justificativa para se ensinar português de forma errada.
- Para quebrar um preconceito, a gente faz uma dessas saídas que o Brasil costuma tomar, que é sair pela metade.
O presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR), ponderou que a língua constantemente incorpora novas expressões, mas classificou como exagero a posição do autor do livro Por uma vida melhor.
- Não podemos imaginar que a língua será congelada pelo preciosismo de alguns gramáticos. [...] Mas sem sombra de dúvidas, os livros exageraram.
O livro foi distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos a 484.195 alunos de 4.236 escolas, informou o MEC. Em nota enviada pelo ministério, a autora Heloisa Ramos diz que é preciso deixar de lado a conotação de certo e errado na língua e adotar os termos adequado ou inadequado.
O presidente da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), Jorge Yunes, participou da audiência e defendeu o livro. Para ele, é papel do professor orientar os alunos sobre o uso correto da língua.
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fonte: http:noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/
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