Sexta-feira, 30 de Abril de 2010

Duas escolas públicas, distantes milhares de quilômetros uma da outra, usaram estratégias bastante parecidas para melhorar a qualidade do ensino: mobilizaram os pais e a comunidade para que participassem da vida escolar dos alunos. As histórias da Escola Municipal Casa Meio Norte, de Teresina (PI), e do CEP n° 3 de Garupa (Província de Missiones), na Argentina, foram apresentadas nesta quarta-feira durante um encontro internacional de comunicadores da América Latina, em Foz do Iguaçu (PR). Os dois colégios se localizam em áreas pobres e periferias das cidades. No caso da escola argentina, a maior dificuldade era convencer os alunos a frequentar a escola. A região teve um crescimento populacional muito rápido e as sete escolas não foram suficientes para atender a toda a demanda. Pais e alunos tiveram que se unir para construir uma unidade. Hoje, já são 22 colégios.

"No começo, os alunos tinham que estudar em escolas distantes, mas não tinham dinheiro para a passagem, então não iam à escola. Quando conseguimos a escola na nossa comunidade, os jovens já tinham perdido o interesse pelos estudos. Achavam que a situação seria a mesma ¿ se estudassem ou não¿, contou a diretora Graciela Sommerfeld. A escola criou diferentes oficinas - de teatro, patinação, atletismo, basquete - para que os alunos se sentissem "acolhidos". "Isso tem muito a ver com o fato de tomar o aluno como um ser e não como um número. Isso gera um vínculo com o professor, com algum funcionário da escola, e faz com que sinta a necessidade de estar lá", explicou Graciela.

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fonte:http:noticias.terra.com.br/educacao/noticias