Quinta-feira, 05 de Maio de 2011
Em palestra realizada nesta quarta-feira, em São Paulo, Silvio Meira, cientista-chefe do Cento de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e professor titular de Neurobiologia da Universidade Federal de Pernambuco, abordou os desafios da educação diante da tecnologia e afirmou que a conectividade é um dos principais meios para a interação e geração de conhecimento. Para Meira, as escolas devem criar mecanismos para atrair os alunos da chamada geração digital para dentro das salas de aula.
"O nosso desafio hoje é fazer com que as escolas sejam mais atraentes que a lan house da esquina. Os alunos saem das salas de aula para a lan house só por causa da linguagem. Então, diante dessa nova 'literatura', dessa nova capacidade de entender o mundo, o desafio é saber como podemos usar o ambiente de ação, de oportunidades e aprendizados, que convencionamos de chamar de educação, sem ter dificuldade de ensinar para as crianças o que ela é. Não precisamos ensiná-los a usar a internet, a jogar, o professor pode continuar a fazer o que estava fazendo. A linguagem está 'atacando' a escola e precisamos saber como absorvemos isso, já que não vamos conseguir tirar isso (o acesso e interesse à tecnologia) das crianças, dos adolescentes. Temos de refletir sobre isso numa intensidade muito grande", afirmou Meira após a palestra que integrou a programação do seminário "Redes e Sustentabilidade", promovido pela Fundação Telefônica.
O neurocientista Miguel Nicolelis, professor titular de Neurobiologia e codiretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University, nos Estados Unidos, que também fez uma palestra no seminário, defendeu a ciência como agente de transformação social. Nesse contexto, segundo ele, a tecnologia não pode ser encarada como vilã.
"A tecnologia é uma manifestação da humanidade. Você não vê uma formiga criando câmeras digitais. Toda a tecnologia é parte de nós, mas a computação jamais vai conseguir reproduzir a mente humana, pelo menos não os computadores que conhecemos hoje. Como não vamos ser clonados por máquinas digitais, precisamos relaxar e entender que a tecnologia é a aliada, porque ela vem de dentro de nós, e não é uma ameaça. A tecnologia pode ser usada, na maior parte das vezes, para o bem", disse Nicolelis.
Leia o restante da matéria clicando aqui
fonte:http:noticias.terra.com.br/educacao/noticias
Relacionados
Cursos de tecnologia oferecem 10 mil vagas a quem fez o Enem
Curso técnico a distância tem mesmo impacto no salário que o presencial
Educação. Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas para o Instituto Votorantim avaliou como ficou a...
Debatedores temem fim de sistema de avaliação do ensino no país
Participantes do debate "A Capacidade do Brasil - O Papel da Educação" alertaram para o risco de o novo...
De cada 5 eleitores, 1 não foi à escola ou é analfabeto
De 27 milhões de eleitores, 8 milhões são analfabetos e 19 milhões declararam saber ler e escrever...
Deputados começam a analisar as diretrizes para 2011-2020
O exame das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação (PNE) para o período 2011-...
Desafios da educação diante da tecnologia
Professor titular de Neurobiologia da Universidade Federal de Pernambuco, abordou os desafios da educação...
Desafios do governo Dilma - política externa
Sem Lula, diplomacia brasileira oscila entre inflexão e continuidade. Série do G1 analisa os principais...
Desempenho de Minas Gerais superou meta estabelecida no 5º ano do ensino fundamental
Minas Gerais é o melhor Estado do sudeste em português e matemática
Desempenho ruim em inglês faz 'soar alarme' para o Brasil, diz especialista
País tem proficiência 'muito baixa' em ranking mundial de domínio da língua. Cursos emergenciais só...
Dez cuidados básicos para quem deseja aumentar o domínio do idioma