Sexta-feira, 28 de Maio de 2010
Carolina Stanisci, ESPECIAL PARA O ESTADO e Luciana Alvarez - O Estado de S.PauloPesquisa divulgada ontem revelou que, ao contrário do que se imaginava, o impacto no emprego e no salário de quem cursou ensino técnico é igual nas modalidades do ensino presencial e a distância.
O estudo A Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho foi conduzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas Marcelo Neri para o Instituto Votorantim e teve como objetivo verificar como ficou a vida de quem cursou - a distância ou não - algum tipo de ensino técnico, seja uma qualificação profissional de curta duração, ensino de nível médio ou curso superior para formação de tecnólogos.
Para chegar aos resultados, o economista trabalhou com duas bases de dados do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) dos últimos oito anos. Segundo a Pnad, 29 milhões de pessoas frequentaram alguma dessas modalidades de curso.
"Não queríamos saber sobre a demanda pelos cursos, mas sim entender o impacto deles no mercado de trabalho. Por isso, não consideramos quem estava fazendo o curso na época da pesquisa, mas somente os que já haviam pelo menos passado por um, mesmo sem ter se formado", explicou Neri.
O panorama do setor surpreendeu o pesquisador em relação aos cursos a distância. Neri não imaginava que profissionais formados nessa modalidade tivessem rendimento e salário impactados da mesma forma que os oriundos do ensino presencial. "Pensei que tivesse alguma diferença entre quem faz curso a distância, mas não houve. É uma boa notícia."
"O ensino técnico, sobretudo se for de boa qualidade, proporciona ao jovem altas possibilidades de emprego, e é ótimo que o ensino a distância também proporcione renda e salário", disse o supervisor nacional da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, Sérgio Mendonça.Leia o restante da matéria clicando aqui
fonte: www.estadao.com.br/
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