Quarta-feira, 27 de Abril de 2011
Quem pratica o bullying, a agressão que ocorre principalmente no ambiente escolar e traz inúmeros prejuízos físicos e psicológicos a crianças e adolescentes, é chamado de bully. Infelizmente, mesmo com toda a discussão acerca do problema, vemos os holofotes voltados apenas às vítimas desse fenômeno. Pouco se fala sobre quem está do outro lado, o agressor.
Há quem acredite que os bullies são crianças com baixa autoestima, que precisam se impor sobre os outros para compensar a própria falta de autoconfiança. Que cresceram em famílias violentas ou são crianças que já foram vítimas e que se vingam descontando o que passaram nos outros. Tanto uma quanto outra afirmação podem estar corretas, mas é preciso lembrar que cada caso deve ser avaliado, considerando a criança, sua família e a escola que frequenta.
O bullying pode ser comparado a uma metáfora da psicologia. Um vendedor de maçãs, que sempre se surpreendia com algumas frutas podres dentro de seu barril, se cansa de todos os dias ter de jogar fora algumas e resolve investigar o caso a fundo. Retira todas e então entende por que descartar as que haviam apodrecido não adiantava. O problema era o barril, que estava tomado pelo mofo.
Segundo o pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Josafá Cunha, mestre e doutorando em Educação, com o bullying essa história se repete. Não basta esperar que um caso ocorra na escola para então ver o que fazer com o aluno. O bullying deve ser encarado dentro do contexto escolar. Mais do que isso, Cunha afirma que a escola tem necessidade constante de avaliar se está sendo um espaço tão organizado quanto precisa ser para que a educação possa ocorrer bem, nas atividades pedagógicas e nas relações sociais. É preciso analisar se há conflitos mal resolvidos e falta de regras claras em relação ao que seria um comportamento inadequado. Os alunos precisam de referenciais para saber qual estratégia vão usar quando tiverem conflito com um professor ou colega. Se a escola é um espaço caótico, como vamos culpar um aluno pela indisciplina?, afirma.
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fonte: http:www.gazetadopovo.com.br/ensino/
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