Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012
O segredo do sucesso das escolas que tiveram as melhores colocações no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011 não se trata de nenhuma inovação educacional ou tecnológica. Pelo contrário. Todas seguem um modelo tradicional de organização, disciplina e cobrança de resultado, uma fórmula que pode ser aplicada em qualquer lugar, sem mistério.
Para que esse modelo funcione, o primeiro passo é uma boa gestão. Diretores comprometidos e rigorosos são capazes de transformar o espaço escolar e conquistar bons resultados. Na Escola Estadual Ângelo Trevisan, de Curitiba, - 3.º lugar do Paraná nos anos finais do ensino fundamental, com nota 6,1 - a diretora Gorete Stival Paula cobra a participação dos pais na educação dos filhos.
Ela chega a fazer mais de quatro sessões de uma mesma reunião até que todos os pais compareçam. "Faço assim [convoca quantas reuniões for preciso] até que todos venham e conversem com as professoras para saber como seu filho está na escola", comenta.
Na Escola Municipal Presidente Pedrosa - nota 7,5 nos anos iniciais do ensino fundamental (mesmo desempenho de outros oito colégios do estado), 1.ª de Curitiba e 12.ª do Paraná -, a cobrança é semelhante, só que com os professores. As diretoras Rosângela de Jesus Narciso e Viviane de Fátima Estegues exigem que todos sigam à risca o planejamento pedagógico elaborado semanalmente. Lá, tudo é pré-avaliado, desde as tarefas de casa até o livro a ser lido por um contador na biblioteca. Essa metodologia contribuiu para que a nota saltasse 2,1 pontos em seis anos.
Um dos problemas apontados pela superintendente da Educação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Meroujy Giacomassi Cavet, para o baixo desempenho de uma escola é a alta rotatividade de professores. Na maioria dos colégios que se destacou no Ideb no Paraná, isso é algo bem longe de ocorrer. O quadro efetivo de docentes permite que eles tenham maior comprometimento com a proposta pedagógica e, com isso, possam acompanhar de perto o desempenho de cada estudante.
Essa supervisão, aliada à vontade do professor de estar em sala e ensinar, resulta em qualidade. "Aqui, o profissional cumpre o seu papel. Cobra tarefa, dá aula de reforço, conversa com a família do aluno e pede que ela, em casa, acompanhe as atividades do filho", conta a diretora da Escola Municipal São Luiz, Simone da Cunha, que também teve nota 7,5 e divide colocação com a Presidente Pedrosa.
Equipe multidisciplinar
Nas escolas Santa Rita de Cássia, João Paulo I e Benedicto Cordeiro, de Foz do Iguaçu - que ficaram entre as dez melhores do Brasil, entre 51.809 colégios de anos iniciais -, além das aulas de reforço e das turmas reduzidas, os alunos são acompanhados por uma equipe de fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais.
Na campeã nacional do Ideb, a Escola Santa Rita de Cássia, alunos do 5.º ano têm duas professoras, em vez de uma. Cada profissional trabalha com as disciplinas que mais tem afinidade. A experiência, em prática desde 2007, tornou-se um diferencial porque possibilita ao aluno interagir com diferentes abordagens. "Os estudantes dialogam com dois professores e isso estimula o conhecimento. Às vezes, eles se cansam de ouvir um só", diz a professora Leda Márcia Dias Dal Lin, responsável pelas disciplinas de Português e Ciências.
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fonte: http:www.gazetadopovo.com.br/
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